Diário de Aaron;

O sonho do jovem Aaron finalmente seria realizado. Precisou esperar anos, mas sabia que toda esta espera seria compensada ao final. Hoje é o dia em que ele sairia de sua casa e se aventuraria ao redor do mundo, acompanhado com uma criaturinha denominada pokémon.

O sol ainda nascia ao horizonte, e o claro céu não exibia sinal de nenhuma nuvem. Brisas calorentas cortavam a cidade, e o clima estava digno do início de um verão. Os primeiros raios solares iam penetrando a janela do quarto de Aaron, onde atingiam o garoto bem na região dos olhos. Aquilo o incomodara, perturbando seu sono e fazendo com que ele se levantasse.

Seu quarto era um paraíso para qualquer fanático por pokémons. Em seu papel de parede estava estampados vários Voltorb’s numa distância uniforme, sendo que a cor predominante era um vermelho vinho. O chão era composto por estacas de madeira num marrom-claro, e as mobílias eram todas preenchidas por adesivos de pokémons ou coisas relacionadas, como uma pokedex ou até mesmo pedras de evolução. Todos os dias, quando levantava, ficava a observar seu quarto esperando que um dia pudesse ter seu próprio pokémon, mas hoje era diferente: levantou sem hesitar e foi direto ao calendário pendurado na parede ao lado de sua cama, circulando então o dia atual – doze de julho – com a caneta vermelha.

“A partir de hoje, tenho quatorze anos. Tudo mudará a partir de agora” – exibindo um sorriso em sua face enquanto tinha tais pensamentos.

O motivo de toda a alegria e emoção era o presente que sua vó prometera. Ela que cuidou dele desde seus quatro anos sempre se preocupou demasiadamente com sua segurança, então achava que tudo isto de se aventurar era besteira. Depois de acompanhar o fascínio do neto por anos, disse que lhe daria como presente de quatorze anos a permissão de se aventurar.

Saiu do banheiro e então foi trocar de roupa, tirando seu pijama recoberto com pokebolas para então vestir sua roupa preferida: uma camiseta verde-escuro, assim como uma calça larga e um sobretudo, ambos brancos e de aspecto árabe. Entre a camisa e a calça se encontrava uma grande faixa vermelha amarrada sob sua cintura. Tomou seu café da manhã então se despediu de sua vó, enquanto lágrimas escorriam de seus olhos. Não sabia quando a veria novamente, mas apostava que isso fosse demorar. Era algo que o incomodava, mas não o impediria de seguir seu sonho.

A caminhada de sua casa até o laboratório era curta, então logo havia chego. Respirou profundamente estufando seu peito, então empurrou a porta com vontade. Observou que o laboratório estava uma bagunça: professor Birch corria atrás dos pokémons que havia deixado fugir quando esbarrou na mesa, sendo eles os três inicias. Aaron não conseguiu segurar sua risada devido a cena, revelando que estava observando o professor.

- Oh, olá Aaron! Então é hoje que veio pegar seu pokémon, né? Só preciso resolver este probleminha aqui... – coçando a cabeça para disfarçar.

O jovem entrou no laboratório, fechou a porta e fez um sinal positivo gesticulando com a cabeça. Simplesmente observava a cena enquanto esperava o problema ser resolvido. Aproveitou também para observar o comportamento dos pokémons, porque não havia decidido qual seria seu inicial. Quando apenas restava o último para retornar a pokebola, levantou-se e foi até ele.

- Oi, pokemonzinho. Você me parece interessante. Vai ser meu pokémon inicial, e vai se chamar Blaze! – apontando com o dedo indicador o Torchic, pokémon que estava a sua frente.

Blaze simplesmente pulou para o ombro de Aaron, que estava agachado para observar o pokémon mais de perto. Parecia ter se acomodado lá, parando então de correr do professor Birch e ficando quieto. Era como se ambos – o aspirante a treinador Aaron e o pokémon Torchic – estivessem ligados.

- Ele gostou de você. – o professor remexeu em suas tranqueiras, então entregou para Aaron os itens iniciais que estavam acompanhando o pokémon, sendo eles as pokebolas e o pokedex – Pegue, isto também é seu.

Aaron apanhou teus novos pertences e guardou-os. Curvou-se como sinal de agradecimento, então se dirigiu para fora do local, com um grande sorriso estampado. Blaze ainda estava sob seu ombro enquanto ia rumo seu primeiro destino, sendo ele uma rota que ligava a sua cidade até a próxima.

Seus passos de tranqüilidade mudavam de ritmo quando escutou algum tipo de gemido estranho vindo das proximidades. Concentrou-se em ouvir de onde se dirigia aquele barulho, então acelerou seus passos indo até o local. Atravessou alguns arbustos e então pode ter a visão do que estava acontecendo.

Um pokémon estava caído ao chão já fora de combate, mas um pokémon selvagem ainda estava o atacando com toda sua fúria. Era uma cena terrível de se ver, e aquele pokémon ao chão não conseguiria resistir por muito mais tempo. Aaron sabia que precisava fazer algo, então desceu Blaze de seu ombro, colocou-o ao chão e sacou sua pokedex, apontando-a para cada um daqueles dois pokémons por vez, sendo primeiro o fora de combate:

Vs.

- Use Growl!

Aaron havia sido esperto naquele momento. Seu comando não era apenas para diminuir o ataque do oponente, como também era para que Blaze se anunciasse. Tinha em mente que sua ação pouparia mais ataques ao Emolga, fazendo então com que Sneasel fosse então atacar Blaze. Ele abria seus pequenos bicos gerando então um grito tão alto que distorcia o ar ao redor, chegando aos ouvidos de Sneasel e levemente o acalmando, mas não o suficiente para que a batalha não tivesse continuação.

O pokémon felino se sentia ameaçado com a presença de um novo pokémon no local, então ficava ao chão sobre suas quatro patas e começava a avançar. Conforme corria, uma luz branca era emitida ao caminho já percorrido: Aaron sabia que aquele era o Quick Attack, e que precisaria agir rápido caso quisesse poupar seu Torchic.

- Use evasiva diagonalmente para a frente-direita. Quando ele passar, use Scratch em suas costas!

Quando Blaze conseguiu se esquivar de um ataque como aqueles, Aaron não conseguiu segurar uma cara de surpresa. Estava impressionado pelo fato de que o pokémon que havia pego em instantes atrás obedecesse o garoto tão bem, sendo também muito ágil. Além de se esquivar, conseguiu atacar Sneasel pelas costas de surpresa, o que não parecia ter animado o pokémon.

Sneasel já demonstrava cansaço, mas não era pelo ataque que havia recebido, e sim por sua luta anterior onde neutralizou Emolga. Mesmo assim tentou ignorar o fato, avançando novamente contra Torchic com Quick Attack. Desta vez a distância era muito curta e Aaron não teve nem tempo de dar alguma ordem, fazendo com que Torchic fosse arremessado para trás.

- Droga. Vamos lá, seja insistente e acerte-o com Scratch outra vez!

Blaze foi avançando rapidamente apenas com suas duas patas, se aproximando e então tentando acertar Sneasel com seu ataque, mas desta vez não tinha êxito. O pokémon havia desviado com um grande salto ao lado, e no mesmo momento que caía ao solo já pulava para cima de Torchic novamente, desta vez também atacando com Scratch. O porém era que Torchic foi mesmo insistente e quando viu o pokémon vindo em sua direção, usou Scratch novamente: no final das contas, ambos se acertavam e caíam ao chão, mas ainda conscientes.

- Muito bom! Ele já está muito fraco, ataque mais uma vez!

Quando Blaze foi para cima, Sneasel ainda estava ao chão. Reunia forças para que conseguisse levantar, mas na verdade estava fraco demais para isto. Quando finalmente conseguiu já era tarde demais, e as garras do feroz Torchic arranhavam seu peito, fazendo com que ele caísse novamente, mas desta vez já era inconsciente. A vitória ia para Torchic.

vencedor!

Blaze se dirigia para perto de Aaron, se esfregando em sua perna para chamar atenção. Estava cansado, e queria retornar para a pokebola onde pudesse descançar. Aaron entendeu o que seu pokémon queria dizer, e o retornou. Quando olhou para Emolga, este já estava consciente, embora ainda fraco. Ele havia visto certa parte da batalha, vendo no tão corajoso havia sido Aaron. Se aproximou de Aaron assim como fez Torchic, e se esfregou em sua perna. Associou tal ação como uma captura, visto que Torchic fez esta mesma ação e havia sido chamado para a pokebola.

- É isso que você quer? Tudo bem! Irá se chamar Spark. – jogando a pokebola sobre Emolga, que era capturado em instantes.

Com um novo pokémon o acompanhando, Aaron seguia pela rota, rumo a próxima cidade onde poderia descansar um pouco, e quem sabe treinar seus dois pokémons.

O garoto suspirou, apertou seu objeto com força e então o disparou fortemente em direção o peito da criatura que se encontrava em sua frente. Sua mira não era das melhores, mas naquele momento havia sido precisa. A pokebola se abria e um laiser de cor vermelha surgia de dentro dela, encobrindo o pokemon. Quando parecia que ele seria puxado para ser capturado, uma outra pokebola se chocava com a do pequeno Aaron, cancelando a captura. Quem ousava atrapalhá-lo? 

Para saciar aquele calor insuportável, Aaron tinha em suas mãos um pote cheio de sorvete. Os sabores de chocomenta e uva eram os melhores em sua opinião própria, e com aquela cobertura de chocolate ficavam perfeitos. Jazia naquela cidade fazia dois dias, e não poderia sair de mãos vazias, pensava consigo mesmo antes de comprar o sorvete com algum trocado que tinha ao bolso. Sem hesitar, seguiu logo rumo as fronteiras da cidade, seguindo ao norte, direção contrária de onde havia chego. 

Se encontrava numa encruzilhada. O caminho ao leste levava a uma praia, e por mais que a vontade do garoto era de ir lá, resistia. O oeste era apenas um caminho que levava ao sul por fora da cidade, e o norte era uma floresta. Estufou seu peito e caminhou em direção a floresta, sabendo que também contaria com as grandes árvores cheias de folhas para serem utilizadas como guardas-sol gigantes. 

Já dentro da floresta, contrariava seu próprio pensamento. O lugar era demasiado escuro e se assemelhava com algum lugar fechado devido as árvores, o que dava a sensação de mais calor ainda. No entanto, poderia fazer algo a respeito da escuridão que dominava o local: pegava a segunda pokebola do lado direito para o esquerdo de seu pequeno cinto e então a comprimia. Como reação, ela se abria e saía dela uma pequena criatura branca, que contava com membranas que o faziam planar pelo céu. Seu nome era Emolga, e era o pokemon mais novo do treinador. Tinha até mesmo um nome, se chamando Spark. 

De tempo em tempo as pequenas bolinhas amareladas de sua bochecha emitiam uma grande quantidade de faísca, e isto dava a impressão para Aaron de que estava seguro. O pokemon estava em sua cabeça, perdido ao meio de seus cabelos loiros. Se permanecia encolhido, como se seu dono tivesse o tirado de um belo cochilo, ainda estando com preguiça.

A floresta não tinha um fim, era o que pensava o treinador. Por quanto tempo já havia caminhado? Suas pernas estavam doloridas, seus músculos exclamavam por um pequeno descanso. Quando estava prestes a ceder, conseguia ver no seu campo de visão um pokemon de seu agrado. Aquela cara de cansaço logo se transformou de uma maneira extraordinária, e sua expressão era de confiança. 

O garoto suspirou, apertou seu objeto com força e então o disparou fortemente em direção o peito da criatura que se encontrava em sua frente. Sua mira não era das melhores, mas naquele momento havia sido precisa. A pokebola se abria e um laiser de cor vermelha surgia de dentro dela, encobrindo o pokemon. Quando parecia que ele seria puxado para ser capturado, uma outra pokebola se chocava com a do pequeno Aaron, cancelando a captura.

Aaron fitva os arbustos de onde a segunda pokebola tinha sido disparada, e então via uma bela garota. Seus cabelos longos eram ruivos, seus traços eram graciosos. Seu olhar com certeza chamava a atenção, e aparentava ter a mesma idade que o jovem. Por um momento pareceu encantado, piscando e movimentando sua cabeça para lá e para cá, como se estivesse perdido o rumo. 

- O que pensa que está fazendo, garota? - apontando com o dedo para ela.

O garoto fechava seus punhos com força, como se estivesse amenizando a sua raiva. Logo na primeira impressão que tivera pode perceber que ela era alguém mimada e arrogante, difícil de se lidar, mas mesmo assim continuou aquela pequena discussão que acontecia.

- Mas eu quero capturá-lo, simples. - dava uma pequena pausa, soltando uma gargalhada - Se o quer, lute e veremos quem é o merecedor. 

Aaron preferiu falar menos, e agir mais. Cutucou o pokemon que estava em sua cabeça, que logo despertava-se e pulava para frente, como se já soubesse que seria escolhido para um combate. A garota fez a mesma coisa, e lançava um pokemon do qual seu oponente conhecia muito bem. Alias, ele também tinha um: seu inicial Torchic. Sentia-se mais seguro tendo conhecimento, mas sabia que conhecimento não era tudo.

Ferroseed, o pokemon pelo qual ambos discutiam apenas encontrava algum lugar para ficar sentado, e então apreciou a situação. Pareceu concordar com o duelo, topando em ficar com qual dos dois fosse mais forte - parecia ser um daqueles pokemons que se importavam em apenas ser poderosos. 

Vs.

Assim que o comando foi dado, a criaturinha soltava um grito ensurdecedor. O som era tão alto que até as folhas mais próximas começavam a vibrar, e como reação deste ataque, Emolga se amedontrou. O pokemon se encolhia, mas apenas até o momento em que o grito cessou, ficando outra vez em uma posição de batalha. 

Abrindo suas membranas, o pokemon denominado Spark pegou vôo numa altitude considerável, mergulhando logo depois. Um brilho claro surgia pelo caminho que percorria, e quando o brilho tinha fim, era porque Spark já havia colidido com Torchic, o fazendo ficar deitado ao chão. Deu meia volta ainda voando, voltando para sua posição original. 

Torchic foi correndo para Emolga, movimentando aquelas suas pequenas perninhas com agilidade. Quando se aproximou, viu que não conseguiria simplesmente atingir o pokemon, então pegou impulso ao solo, dando um grande solo. Quando estava prestes a acertar, Aaron gritava:

Uma bela estratégia vindo do garoto. Não fez uso do ataque para fins ofensivos, mas sim para que o pokemon fosse mais ágil em sua evasiva. O movimento acabou sendo feito muito em cima da hora, mas poupou danos mais graves, vendo que o ataque acabou pegando apenas de raspão.

Abrindo teu bico, Torchic encheu seu peito de ar e o liberou, mas desta vez em forma de pequenas brasas que eram disparadas em direção o pokémon voador. A distancia era curta e o ata que potente, sabendo Aaron que Emolga ficaria ferido caso fosse atingido. Reagiu.

As bochechas de Spark liberou várias faíscas, então o pokemon foi coberto por uma espécie de aura amarela. Uma grande onde de eletricidade era disparada, que colidia com as brasas de Torchic, criando uma pequena explosão que desequilibrava ambos.

E por uma segunda vez, Torchic avançou para arranhar o pequenino Spark. Aaron apenas olhava com atenção, mas nada comandava para seu pokemon. Estava calmo, como se estivesse elaborando algo magnifico. Quando Torchic estava muito próximo, gritou:

Desta vez, era Annabele que apertava seus punhos. Abria a boca para dizer algo, mas logo parava, vendo que não tinha mais chances. Seu pokemon estava já muito próximo de Emolga para uma evasiva, e quando saltou para atacar, voltou rapidamente ao chão. O ataque elétrico havia feito grandes estragos, talvez pela grande proximidade, e nocauteou Torchic na hora. 

vencedor!

- Como pude perder?! - lamentava Annabele, se virando de costas e encarando o chão. 

Aaron não esperou um segundo se quer, então pegou aquela sua pokebola que estava ao chão e arremessou ela uma outra vez em direção o Ferroseed. Nada atrapalhou que o laiser puxasse o pokemon para dentro dela, e havia chego o momento de tensão. A pokebola balançava de um lado para o outro, com uma luz piscando intensamente, até que tudo parou. A luz apagada, a pokebola parada: pokemon capturado. 

- Basta treinar duro! - reconciliando a garota.

Quando guardou a pokebola, retornou também Spark. Agora, tinha um total de três pokemons, e estava contente com aquilo. Estava confiante em seguir para a próxima cidade, onde ento desafiaria o líder do ginásio. 

O garoto suspirou, apertou seu objeto com força e então o disparou fortemente em direção o peito da criatura que se encontrava em sua frente. Sua mira não era das melhores, mas naquele momento havia sido precisa. A pokebola se abria e um laiser de cor vermelha surgia de dentro dela, encobrindo o pokemon. Quando parecia que ele seria puxado para ser capturado, uma outra pokebola se chocava com a do pequeno Aaron, cancelando a captura. Quem ousava atrapalhá-lo? 

Para saciar aquele calor insuportável, Aaron tinha em suas mãos um pote cheio de sorvete. Os sabores de chocomenta e uva eram os melhores em sua opinião própria, e com aquela cobertura de chocolate ficavam perfeitos. Jazia naquela cidade fazia dois dias, e não poderia sair de mãos vazias, pensava consigo mesmo antes de comprar o sorvete com algum trocado que tinha ao bolso. Sem hesitar, seguiu logo rumo as fronteiras da cidade, seguindo ao norte, direção contrária de onde havia chego. 

Se encontrava numa encruzilhada. O caminho ao leste levava a uma praia, e por mais que a vontade do garoto era de ir lá, resistia. O oeste era apenas um caminho que levava ao sul por fora da cidade, e o norte era uma floresta. Estufou seu peito e caminhou em direção a floresta, sabendo que também contaria com as grandes árvores cheias de folhas para serem utilizadas como guardas-sol gigantes. 

Já dentro da floresta, contrariava seu próprio pensamento. O lugar era demasiado escuro e se assemelhava com algum lugar fechado devido as árvores, o que dava a sensação de mais calor ainda. No entanto, poderia fazer algo a respeito da escuridão que dominava o local: pegava a segunda pokebola do lado direito para o esquerdo de seu pequeno cinto e então a comprimia. Como reação, ela se abria e saía dela uma pequena criatura branca, que contava com membranas que o faziam planar pelo céu. Seu nome era Emolga, e era o pokemon mais novo do treinador. Tinha até mesmo um nome, se chamando Spark. 

De tempo em tempo as pequenas bolinhas amareladas de sua bochecha emitiam uma grande quantidade de faísca, e isto dava a impressão para Aaron de que estava seguro. O pokemon estava em sua cabeça, perdido ao meio de seus cabelos loiros. Se permanecia encolhido, como se seu dono tivesse o tirado de um belo cochilo, ainda estando com preguiça.

A floresta não tinha um fim, era o que pensava o treinador. Por quanto tempo já havia caminhado? Suas pernas estavam doloridas, seus músculos exclamavam por um pequeno descanso. Quando estava prestes a ceder, conseguia ver no seu campo de visão um pokemon de seu agrado. Aquela cara de cansaço logo se transformou de uma maneira extraordinária, e sua expressão era de confiança. 

O garoto suspirou, apertou seu objeto com força e então o disparou fortemente em direção o peito da criatura que se encontrava em sua frente. Sua mira não era das melhores, mas naquele momento havia sido precisa. A pokebola se abria e um laiser de cor vermelha surgia de dentro dela, encobrindo o pokemon. Quando parecia que ele seria puxado para ser capturado, uma outra pokebola se chocava com a do pequeno Aaron, cancelando a captura.

Aaron fitva os arbustos de onde a segunda pokebola tinha sido disparada, e então via uma bela garota. Seus cabelos longos eram ruivos, seus traços eram graciosos. Seu olhar com certeza chamava a atenção, e aparentava ter a mesma idade que o jovem. Por um momento pareceu encantado, piscando e movimentando sua cabeça para lá e para cá, como se estivesse perdido o rumo. 

- O que pensa que está fazendo, garota? - apontando com o dedo para ela.

O garoto fechava seus punhos com força, como se estivesse amenizando a sua raiva. Logo na primeira impressão que tivera pode perceber que ela era alguém mimada e arrogante, difícil de se lidar, mas mesmo assim continuou aquela pequena discussão que acontecia.

- Mas eu quero capturá-lo, simples. - dava uma pequena pausa, soltando uma gargalhada - Se o quer, lute e veremos quem é o merecedor. 

Aaron preferiu falar menos, e agir mais. Cutucou o pokemon que estava em sua cabeça, que logo despertava-se e pulava para frente, como se já soubesse que seria escolhido para um combate. A garota fez a mesma coisa, e lançava um pokemon do qual seu oponente conhecia muito bem. Alias, ele também tinha um: seu inicial Torchic. Sentia-se mais seguro tendo conhecimento, mas sabia que conhecimento não era tudo.

Ferroseed, o pokemon pelo qual ambos discutiam apenas encontrava algum lugar para ficar sentado, e então apreciou a situação. Pareceu concordar com o duelo, topando em ficar com qual dos dois fosse mais forte - parecia ser um daqueles pokemons que se importavam em apenas ser poderosos. 

Vs.

Assim que o comando foi dado, a criaturinha soltava um grito ensurdecedor. O som era tão alto que até as folhas mais próximas começavam a vibrar, e como reação deste ataque, Emolga se amedontrou. O pokemon se encolhia, mas apenas até o momento em que o grito cessou, ficando outra vez em uma posição de batalha. 

Abrindo suas membranas, o pokemon denominado Spark pegou vôo numa altitude considerável, mergulhando logo depois. Um brilho claro surgia pelo caminho que percorria, e quando o brilho tinha fim, era porque Spark já havia colidido com Torchic, o fazendo ficar deitado ao chão. Deu meia volta ainda voando, voltando para sua posição original. 

Torchic foi correndo para Emolga, movimentando aquelas suas pequenas perninhas com agilidade. Quando se aproximou, viu que não conseguiria simplesmente atingir o pokemon, então pegou impulso ao solo, dando um grande solo. Quando estava prestes a acertar, Aaron gritava:

Uma bela estratégia vindo do garoto. Não fez uso do ataque para fins ofensivos, mas sim para que o pokemon fosse mais ágil em sua evasiva. O movimento acabou sendo feito muito em cima da hora, mas poupou danos mais graves, vendo que o ataque acabou pegando apenas de raspão.

Abrindo teu bico, Torchic encheu seu peito de ar e o liberou, mas desta vez em forma de pequenas brasas que eram disparadas em direção o pokémon voador. A distancia era curta e o ata que potente, sabendo Aaron que Emolga ficaria ferido caso fosse atingido. Reagiu.

As bochechas de Spark liberou várias faíscas, então o pokemon foi coberto por uma espécie de aura amarela. Uma grande onde de eletricidade era disparada, que colidia com as brasas de Torchic, criando uma pequena explosão que desequilibrava ambos.

E por uma segunda vez, Torchic avançou para arranhar o pequenino Spark. Aaron apenas olhava com atenção, mas nada comandava para seu pokemon. Estava calmo, como se estivesse elaborando algo magnifico. Quando Torchic estava muito próximo, gritou:

Desta vez, era Annabele que apertava seus punhos. Abria a boca para dizer algo, mas logo parava, vendo que não tinha mais chances. Seu pokemon estava já muito próximo de Emolga para uma evasiva, e quando saltou para atacar, voltou rapidamente ao chão. O ataque elétrico havia feito grandes estragos, talvez pela grande proximidade, e nocauteou Torchic na hora. 

vencedor!

- Como pude perder?! - lamentava Annabele, se virando de costas e encarando o chão. 

Aaron não esperou um segundo se quer, então pegou aquela sua pokebola que estava ao chão e arremessou ela uma outra vez em direção o Ferroseed. Nada atrapalhou que o laiser puxasse o pokemon para dentro dela, e havia chego o momento de tensão. A pokebola balançava de um lado para o outro, com uma luz piscando intensamente, até que tudo parou. A luz apagada, a pokebola parada: pokemon capturado. 

- Basta treinar duro! - reconciliando a garota.

Quando guardou a pokebola, retornou também Spark. Agora, tinha um total de três pokemons, e estava contente com aquilo. Estava confiante em seguir para a próxima cidade, onde ento desafiaria o líder do ginásio.